quinta-feira, 13 de maio de 2010


O FLORESCER DO AMOR
Guida Linhares

É um entrelaçar da vida
que se encontrava solitária
sem que tivesse guarida
eternizada ou temporária

Na calma que logo se instala
passeamos de braços dados
do amor quase nada se cala
quando estamos enamorados

Na pétala da rosa o apaixonar
em doces beijos açucarados
É tão bom poder sonhar

Em devaneios vivenciados
onde o amor encontra lugar
florescem os sonhos desvelados

Santos/SP/Brasil
05/07/06


TEUS OLHOS
Guida Linhares

Brilhantes a me iluminar
nas noites de cheia lua
chego mesmo a sonhar
que sou apenas só tua

São somente devaneios
da alma vagando sózinha
que tem lá seus receios
da vida que se encaminha

Nem sempre as ilusões
são fiéis companheiras
Desvelam-se as paixões
que nos fazem prisioneiras

Até que a luz da verdade
transpareca como o sol
a esperança da realidade
quem sabe...se desvele ao arrebol


Santos/SP/Brasil
10/05/06


quinta-feira, 15 de abril de 2010


AI QUEM ME DERA...
Guida Linhares

Ai quem me dera
recolher as estrelas,
casulo de quimeras
e sorrir ao vê-las

Ai quem me dera
passear nos campos
recolher as flores
ver mil pirilampos

Ai quem me dera
ter varinha mágica
evitar que a vida
não termine trágica

Ai quem me dera
ver notícias boas
que a felicidade
chega nas pessoas

Ai quem me dera
que todos vivessem
com tranquilidade
e sonhar pudessem

Ai quem me dera
que todos os sonhos
não fossem só quimeras
em carrosséis tristonhos

Ai quem me dera
que toda criança
recebesse o tudo
além da esperança

Ai quem me dera
o amor vicejando
em todas os lares
famílias se amando

Ai quem me dera
não ver nas ruas
molambos ambulantes
com suas almas nuas

Ai quem me dera
não sentir tristeza
a cada dia que passa
ao ver tanta baixeza

Ai quem me dera
que as consciências
despertassem o homem
de suas inconsequências

Ai quem me dera
que este tempo e espaço
não fosse só uma escola
pra acertar o passo

Ai quem me dera
não fosse utopia
que a paz reinasse,
no mundo em harmonia

Ai quem me dera
recolher estrelas
colocar ao colo
e sorrir ao vê-las

Santos/SP/Brasil
02/03/07


VOCÊ E EU
Guida Linhares

Dois pontos de interrogação ambulantes.
Duas almas que vivem se esbarrando.
Dois sonhares que às vezes se cruzam.
Duas ilusões em delírio de reflexos.

Dois universos em perfeito paralelo.
Duas vidas completas em si mesmas.
Dois seres que rodeiam a felicidade.
Duas porções separadas do inteiro.

Dois corações com muita semelhança.
Duas estórias cravadas no tempo.
Dois personagens em plena ação.
Duas criaturas, dois destinos.

Qual de nós dois atravessará a ponte
que nos levará ao doce encontro?
Nenhum de nós dois, porque somos
dois pontos de interrogação ambulantes.






sábado, 3 de abril de 2010


PÁSCOA E RESSURREIÇÃO!
Guida Linhares

Que os corações se inundem da verdade que Jesus Cristo ensinou,
de que o Amor ao próximo como a si mesmo,
seja a máxima a ser aplicada em cada dia da existência.

Que o pão do verdadeiro cristão,
seja distribuido através de ações benevolentes,
das quais nos sentiremos gratificados
como instrumentos de paz e de fraternidade.

Que o vinho da celebração
seja compartilhado entre todos aqueles,
que sentados à mesa do Senhor,
sintam que Ele está sempre presente,
na caminhada pela estrada da vida.

Que a Páscoa desabroche no coração de cada um,
as sublimes pétalas do perdão,
da compreensão e da solidariedade,
florescendo um ser pleno de amorosidade.



 

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Feliz Páscoa

Guida Linhares

Era um homem que vivia só num fim de mundo na companhia de uma cadela chamado Sorte. Havia ganhado a Sorte de seu pai, que resolveu viajar para longe deixando o homem sózinho, cuidando da sua sorte.

Era um homem estudado e culto, com muitos atributos e potencialidades, mas a sorte tinha se afastado dele, quando perdeu seu emprego e ficou completamente desorientado e ficou doente de tanta preocupação com uma sorte tão sem sorte. Ainda bem que tinha a companhia da Sorte que assim não ficava tão sózinho, pensando em sua triste sorte.

Quis o destino que este homem ganhasse um computador, numa daquelas rifas da sorte, e descobriu um mundo em expansão, através da janela netiana, e por uma daquelas coisas da sorte, conseguiu custear as despesas da conexão net...eta sorte grande!!!

E ele então principiou tímidamente a escrever aqui e acolá e descobriu por sorte, que tinha jeito pra coisa e começou a investir nesta grande sorte, sob olhar atento da Sorte,
que abanava o rabo alegrando o seu dono.  Eram companheiros inseparáveis ele e a Sorte.

E assim por sorte, ele foi ficando conhecido e um dia uma alma generosa resolveu patrocinar um livro com os textos do homem, que tendo pensado que perdeu a sorte, de repente viu-se diante da sorte grande, que o sonho de todo escritor é ver seu livro publicado. 
 
Contou todo contente pra Sorte e esta roçou carinhosamente os seus joelhos e aconchegou a sua cabeça com os olhinhos brilhantes, como a dizer: que sorte que tenho voce...para ela a sorte era que seu dono tivesse falado com ela tão alegrinho.

O homem sortudo olhou na folhinha e se deu conta de que era domingo de Páscoa. Com um pouquinho de sorte encontraria a padaria aberta e compraria um chocolatinho pra dividir sua sorte com a Sorte, que tinha sempre olhos amorosos para com ele, mesmo quando ele brigava com a Sorte por causa do seu mau humor com a sua antes triste sorte.

Saiu correndo da casa, e por pura sorte comprou dois Bis e depois de ter dividido com a Sorte, foi pescar no rio que passa por debaixo de seu doce lar, ricamente emoldurado por chorões e ypês rosas, onde a Sorte se sentiu tão bem acomodada, ao lado de seu dono que teve a sorte de ter uma Páscoa plena de alegria e felicidade, porque alguem de muito longe apostou no seu talento e versatilidade.
 
E assim é a sorte de quem tem sorte....de repente uma varinha mágica aparece e muda tudo, numa divina magia!

Santos/SP/Brasil - 16/04/06
Publicado no Recanto das Letras em 16/04/2006
Código do texto: T140231

terça-feira, 30 de março de 2010



SENSIBILIDADE
Guida Linhares

Talvez um dia estaremos juntos,
percorrendo estes campos,
livres como duas crianças,
e não será um faz de conta!

Nossas viagens imaginárias,
atravessam oceanos e linhas,
pulam as ilhas e continentes,
e tantos lugares já visitamos.

Mas nesta bucólica paisagem,
a quietude parece nos chamar,
para um movimento incessante
do vento através dos moinhos.

E nos deixamos devanear,
por tantos sonhos e fantasias,
que nos surpreendem a cada passo,
trazendo a alegria e o afago.

Tu és como estes moinhos,
rodopiando em sutís sensações.
És tão simples no teu jeito de ser,
mas tens aflorada a sensibilidade!